Manoel andava pra lá e pra cá, preocupado com o que poderia acontecer, acabara de perder o emprego e tinha a pensão da filha pra pagar, aluguel do apartamento, ração dos cachorros, conta de água, luz, telefone, ração pros cachorros, isso já foi dito, mas é só um reforço, cartão de crédito, etc.
Acabou tomando um calmante e fora dormir. Ao se deitar, ficou olhando o teto, a luz estava apagada, então ele olhava o teto com a luz apagada e refletia sobre a vida e sobre a luz apagada. Pensou em acender, mais a conta ia ficar mais alta e ele resolveu a deixar a luz apagada.
Ao ir para o banho ele desistiu, pois ia gastar água, mas a luz já estava apagada e ele tinha que tomar banho, mas não queria ir tomar banho para não gastar energia do chuveiro e nem a água do banho. Resolveu ligar para o Marcelo, seu amigo, para se distrair e juntos arranjarem um solução. Acabou se lembrando que a luz estava apagada e que ia tomar banho e resolveu não ligar, só que a sua cachorra estava latindo de fome, mas se fosse colocar a comida, ela iria acabar rápido e ele não teria como comprar outra depois, tudo bem que ele tinha alguma coisa guardada na poupança mas não passava por sua cabeça tirar sequer algum dinheiro de lá. Pobre do Manoel estava a entrar a beira de um colapso nervoso se não tomasse alguma atitude. Trinta minutos depois sua recente ex-esposa liga avisando que seria o fim de semana dele com Alice, sua filha. Quase deu com a cabeça na parede, ia gastar horrores com ela e como ia pagar? Coitado de Manoel. Foi pegar o correio da semana e por azar só tinha contas e contas. Ao chegar à cozinha, de raiva começou a chutar e por mais azar ainda chuta o cano da pia e começa a vazar água pra todo lado e o telefone começa a tocar desesperadamente e ele corre pra atender e acaba escorregando e ao cair bate a cabeça.
Pena que Manoel não atendeu a ligação. Era pra uma entrevista de emprego no dia seguinte.
Histórias inventas pela realidade de pessoas anônimas conhecidas pelo desconhecido e do destino desalinhado pelos muros da solidão. O ser humano é quem conta sua história...!!!
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
domingo, 10 de agosto de 2008
O LUGAR DE ESTACIONAR!
Um casal indo em direção ao shopping, respectivamente Célio e Laura. Era véspera de aniversário de um amigo dele, de tempos de escola e iriam comprar um presente pra ele, ou pelo menos tentar..
Chegando no shopping, após uns minutos pra estacionar o carro.
- Eu disse pra você ir pra ala norte, você não me ouviu. – terminou virando o bico pro outro lado.
- Eu quis vir por esse lado aqui pois, da ultima vez que ouvi um conselho seu ficamos rodando por meia hora e acabamos perdendo o filme. – Irônico.
- Ta, pode até ser que você tenha razão. Porém eu não tenho culpa se o shopping estava cheio. – ela dá ênfase na ultima palavra.
Um guarda chega ao lado da porta do motorista e Cláudio abre o vidro.
- Sim? – pergunta Cláudio.
- Eu sinto em informá-los que essa ala está cheia. Estão sinalizando pra irem pra ala oeste. – Informa o guarda de cara amarrada.
- Muito obrigado. – Cláudio fechou o vidro e gentil olhou pra sua mulher. - Você venceu. – E ele saiu pisando firme. Chegando na ala oeste...
- Amor, Acho que tem uma vaga ali. – Laura indica a vaga. Ele sai no destino dela, convencido de que estava livre do destino cruel de se achar um vaga. Infelizmente um carro do nada apareceu e pegou-a.
- DROGAAAAAAAAAA. – e ele bateu na buzina milhões de vezes. – Olha. Eu adoro o Eduardo. Mas eu amo muito mais a minha paciência. Vamos embora.
- Mais já. Agora que eu me animei pra passear? Que chato você, hein? – ela faz beicinho.
- fui. – e foi em direção à saída do estacionamento quando...
- Amor, ali, eu vi uma vaga. –Laura mais que apressada informa uma vaga pra ele.
- Ah não. Não e não. Vamos embora. – Ao dizer isso, virando pro seu lado também tinha um carro querendo estacionar na vaga que sua mulher o indicara. Pensou e repensou. O sangue masculino e o senso de superioridade começou a subir na corrente sangüínea que em dois segundos e um pé no acelerador se fez ouvir o ruído do forte motor.
- Amor, aconteceu alguma coisa? – ela estranha e olha pro lado também. – Tõ te avisando, se você competir com esse cara ao lado eu saio desse carro agora e...
Foi dada a largada e foram os dois homens pra delegacia e Laura pro hospital.
Chegando no shopping, após uns minutos pra estacionar o carro.
- Eu disse pra você ir pra ala norte, você não me ouviu. – terminou virando o bico pro outro lado.
- Eu quis vir por esse lado aqui pois, da ultima vez que ouvi um conselho seu ficamos rodando por meia hora e acabamos perdendo o filme. – Irônico.
- Ta, pode até ser que você tenha razão. Porém eu não tenho culpa se o shopping estava cheio. – ela dá ênfase na ultima palavra.
Um guarda chega ao lado da porta do motorista e Cláudio abre o vidro.
- Sim? – pergunta Cláudio.
- Eu sinto em informá-los que essa ala está cheia. Estão sinalizando pra irem pra ala oeste. – Informa o guarda de cara amarrada.
- Muito obrigado. – Cláudio fechou o vidro e gentil olhou pra sua mulher. - Você venceu. – E ele saiu pisando firme. Chegando na ala oeste...
- Amor, Acho que tem uma vaga ali. – Laura indica a vaga. Ele sai no destino dela, convencido de que estava livre do destino cruel de se achar um vaga. Infelizmente um carro do nada apareceu e pegou-a.
- DROGAAAAAAAAAA. – e ele bateu na buzina milhões de vezes. – Olha. Eu adoro o Eduardo. Mas eu amo muito mais a minha paciência. Vamos embora.
- Mais já. Agora que eu me animei pra passear? Que chato você, hein? – ela faz beicinho.
- fui. – e foi em direção à saída do estacionamento quando...
- Amor, ali, eu vi uma vaga. –Laura mais que apressada informa uma vaga pra ele.
- Ah não. Não e não. Vamos embora. – Ao dizer isso, virando pro seu lado também tinha um carro querendo estacionar na vaga que sua mulher o indicara. Pensou e repensou. O sangue masculino e o senso de superioridade começou a subir na corrente sangüínea que em dois segundos e um pé no acelerador se fez ouvir o ruído do forte motor.
- Amor, aconteceu alguma coisa? – ela estranha e olha pro lado também. – Tõ te avisando, se você competir com esse cara ao lado eu saio desse carro agora e...
Foi dada a largada e foram os dois homens pra delegacia e Laura pro hospital.
sábado, 9 de agosto de 2008
E QUE PRESENTE, NÃO?
Mariza tinha organizado o aniversário do pai no sábado à tarde e com muita carne e cerveja se fez a festa. Muitos convidados e muitos amigos, parentes e muitos presentes também.
Um pouco mais tarde ela, andando pelos convidados, se dá de cara com um sujeito estranho conversando com os demais convivas na maior agitação e intimidade.
“QUEM É AQUELE ALI PARADO MÃE?” perguntou Mariza a sua mãe na pequena investigação. Pena que sua mãe também não sabia. Começou a andar e um pouco tonto de cerveja, seu amigo desconhecido tomou liberdade e foi falar com Mariza.
- Boa noite. – Perguntou o moço em caráter de gentileza e humildade, e um pouco alcoolizado também. – Tudo bem com a senhora?
- Tudo ótimo e com o senhor? – Ela foi se incomodando a cada aproximada daquele sujeito.
- Que bom. Quando vão cortar o bolo? – Mariza ficou verde com a pergunta cara de pau do sujeito.
- Já já. – respondeu ela com sarcasmo.
- É que tem várias pessoas que estão pedindo... – Ele dá uma baforada na cara dela, que se vira pro lado.
- Eu vou lá dentro e já volto. – Disse ela saindo.
Sua mãe aparece ma cozinha e Mariza, com cara de nojo e rosto lavado responde.
- Aquele cara está me dando nojo.
Vinte minutos depois, “PARABENS PRA VOCÊ, NESTA DATA QUERIDA...” todos em volta da mesa cantando alegres esta fantástica canção.
Seria perfeito se o elegante convidado não tivesse feito um discurso fantástico.
“EU GOSTARIA DE SAUDAR O ANIVERSARIANTE DA NOITE...” eram cinco da tarde. “E QUERIA SAUDAR ESSA FESTA FANTÁS...TÁS....TICA. E BRINDAR O... O... O NOSSO QUERIDO.... FELIZ ANIVERSÁRIO...”. Terminado o discurso os presentes aplaudem, não se sabe se é pelo aniversariante ou por ele ter acabado de falar.
“O MÃE, A SENHORA VIU AQUELES...” Mariza ia pedir algo pra mãe quando ouvem um barulho, e o “convidado” havia desmaiado.
Duas horas depois de terminada a festa, o aniversariante desembrulha os presentes.
- Quem pode ter me dado essa linda camisa? – perguntou ele vendo uma camisa salmão e com estampas rosas.
Um pouco mais tarde ela, andando pelos convidados, se dá de cara com um sujeito estranho conversando com os demais convivas na maior agitação e intimidade.
“QUEM É AQUELE ALI PARADO MÃE?” perguntou Mariza a sua mãe na pequena investigação. Pena que sua mãe também não sabia. Começou a andar e um pouco tonto de cerveja, seu amigo desconhecido tomou liberdade e foi falar com Mariza.
- Boa noite. – Perguntou o moço em caráter de gentileza e humildade, e um pouco alcoolizado também. – Tudo bem com a senhora?
- Tudo ótimo e com o senhor? – Ela foi se incomodando a cada aproximada daquele sujeito.
- Que bom. Quando vão cortar o bolo? – Mariza ficou verde com a pergunta cara de pau do sujeito.
- Já já. – respondeu ela com sarcasmo.
- É que tem várias pessoas que estão pedindo... – Ele dá uma baforada na cara dela, que se vira pro lado.
- Eu vou lá dentro e já volto. – Disse ela saindo.
Sua mãe aparece ma cozinha e Mariza, com cara de nojo e rosto lavado responde.
- Aquele cara está me dando nojo.
Vinte minutos depois, “PARABENS PRA VOCÊ, NESTA DATA QUERIDA...” todos em volta da mesa cantando alegres esta fantástica canção.
Seria perfeito se o elegante convidado não tivesse feito um discurso fantástico.
“EU GOSTARIA DE SAUDAR O ANIVERSARIANTE DA NOITE...” eram cinco da tarde. “E QUERIA SAUDAR ESSA FESTA FANTÁS...TÁS....TICA. E BRINDAR O... O... O NOSSO QUERIDO.... FELIZ ANIVERSÁRIO...”. Terminado o discurso os presentes aplaudem, não se sabe se é pelo aniversariante ou por ele ter acabado de falar.
“O MÃE, A SENHORA VIU AQUELES...” Mariza ia pedir algo pra mãe quando ouvem um barulho, e o “convidado” havia desmaiado.
Duas horas depois de terminada a festa, o aniversariante desembrulha os presentes.
- Quem pode ter me dado essa linda camisa? – perguntou ele vendo uma camisa salmão e com estampas rosas.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
A ATITUDE DA PERUA!
Alichia tinha esse nome estranho por vontade do pai. Não que ele tivesse uma etnia importante ou porque tinha um significado transcendental. Era simplesmente “UM NOME EXÓTICO, NADA MAIS.” Repetia ele.
Ela cresceu e se tornou a mais perua do grupo de dondocas que se reuniam semanalmente pra fazerem absolutamente nada. Cresceu na hostilidade e na mesquinhez, coisa de todo rico e ela não achava nada de errado nisso.
“SOU ASSIM MESMO, SOU PERUA E NÃO VOU NEGAR MINHAS ORIGENS. MEUS PAIS NASCERAM EM LONDRES E EU TENHO CULPA SE ELES SE TORNARAM RICOS.” E repetia isso até as meninas do encontro oficial de peruas da zona sul caírem em gargalhadas.
No transito no dia seguinte próximo ao farol um homem a ultrapassou e a ultrajou. “SAI DA FRENTE SUA PERUA TRESLOUCADA.”. Achando isso um absurdo ela para numa padaria pra tomar um café antes de ir pro clube, na sua aula de ginástica.
“BOM, SER PERUA NÃO TEM NADA DE MAIS. PENA QUE EXISTA ESSE PRECONCEITO...” ao ver uma cena que estava acontecendo ao seu lado, parou de tomar seu café e assistiu.
A mulher estava em pé, próximo ao caixa e um menino de rua apareceu pedindo esmola. “Uns troco pra eu comer tia”, a perua de chapéu magenta claro se virou e pronunciou essas palavras doces e meigas. “SAIA SEU FEDELHO IMUNDO. QUE COISA DESPUDORADA. OLHA MEU NÍVEL SEU SUJEITINHO INDECENTE.”
Nisso Alichia se levanta deixando a xícara de café da mesa e segue em direção da cena.
“Posso saber o porquê a senhora ofendeu esse menino? Ele só está na rua porque a senhora trata a todos desta forma. Sua síncope de boas morais e de maneiras está totalmente divergente.” E se calou.
“Que piruazinha mais displicente. Com licença.” E a senhora se retirou.
Alichia deu dois reais ao menino, que agradeceu gentil e voltou pra sua “casa”.
“Isso pode ser um começo.” – Pensou Alichia ao estacionar o carro e entrar no clube.
Ela cresceu e se tornou a mais perua do grupo de dondocas que se reuniam semanalmente pra fazerem absolutamente nada. Cresceu na hostilidade e na mesquinhez, coisa de todo rico e ela não achava nada de errado nisso.
“SOU ASSIM MESMO, SOU PERUA E NÃO VOU NEGAR MINHAS ORIGENS. MEUS PAIS NASCERAM EM LONDRES E EU TENHO CULPA SE ELES SE TORNARAM RICOS.” E repetia isso até as meninas do encontro oficial de peruas da zona sul caírem em gargalhadas.
No transito no dia seguinte próximo ao farol um homem a ultrapassou e a ultrajou. “SAI DA FRENTE SUA PERUA TRESLOUCADA.”. Achando isso um absurdo ela para numa padaria pra tomar um café antes de ir pro clube, na sua aula de ginástica.
“BOM, SER PERUA NÃO TEM NADA DE MAIS. PENA QUE EXISTA ESSE PRECONCEITO...” ao ver uma cena que estava acontecendo ao seu lado, parou de tomar seu café e assistiu.
A mulher estava em pé, próximo ao caixa e um menino de rua apareceu pedindo esmola. “Uns troco pra eu comer tia”, a perua de chapéu magenta claro se virou e pronunciou essas palavras doces e meigas. “SAIA SEU FEDELHO IMUNDO. QUE COISA DESPUDORADA. OLHA MEU NÍVEL SEU SUJEITINHO INDECENTE.”
Nisso Alichia se levanta deixando a xícara de café da mesa e segue em direção da cena.
“Posso saber o porquê a senhora ofendeu esse menino? Ele só está na rua porque a senhora trata a todos desta forma. Sua síncope de boas morais e de maneiras está totalmente divergente.” E se calou.
“Que piruazinha mais displicente. Com licença.” E a senhora se retirou.
Alichia deu dois reais ao menino, que agradeceu gentil e voltou pra sua “casa”.
“Isso pode ser um começo.” – Pensou Alichia ao estacionar o carro e entrar no clube.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
O QUE A CHUVA TROUXE!
Suzana estava muito ansiosa, pois estava de casamento marcado, no civil, com Isaias pra daqui a mais ou menos cinco meses e ela ficou de fazer uma surpresa pra ele, a de comprar as alianças.
- Eu estou tão nervosa. Vou pegar as alianças hoje. Estou tão emocionada. – Disse ela a uma amiga.
- Calma. Pegar as alianças é apenas o começo. Não vai achando que casamento é tudo não. Porque eu afirmo, casamento não é tudo na vida.
- E você acha que eu não sei? – e continuou sonhando com filhos e em como ficar rica.
No sábado à tarde ele indo pegar as alianças, olhando pela janela do carro, belas nuvens negras prestes a desabar água céu abaixo.
“Ai que droga. Tinha que estar esse tempo justo hoje?”
Chegando na casa de alianças, depois de ter estacionado o carro a 3 km de distancia da loja ela entra molhada com as poucas gotas de chuva que teimavam em cair antes do tempo. E tremendo de frio já que não levara blusa, nem guarda-chuva.
- Eu vim ver as alianças. – disse ela ao vendedor quando chegou.
Ao ver tudo foi pagar com o cartão, com o pouco crédito que tinha.
“MEU BOLSO SOCORRO. MAIS VAI VALER A PENA. ISSO VAI. COM CERTEZA.” Pensava ela, sempre.
- Senhora, não tem mais as caixinhas pra duas alianças, posso colocar uma separada da outra? – perguntou o vendedor.
- Pode. Quanto? – respondeu ela já sabendo da sacanagem e pagou mais três reais.
Quando saiu da loja a chuva estava pra cair e ela tentou correr. Porem começa um corre corre que deixou ela um pouco nervosa. “Será que vou ser roubada?’ e continuou correndo. Pensou em colocar o pacote na bolsa, porém ela era muito pequena e teve que segurar os embrulhos na mão.
“OLHA O RAPA, OLHA O RAPA.” Ouvi-a se esses gritos pra lá e pra cá e foi uma correria e mais chuva começou a cair. E ao passar um vendedor ambulante do seu lado, o ferro da barraca acabou por rascar a sacolinha e ao cair uma caixinha a aliança acaba caindo no chão, a outra ficara na sacola, a salvo.
- Peguem. Socorro. Minha aliança. – e começou a correr quando acabou tropeçando e caindo numa poça de água.
- DROGA. – gritou ela quando se sentou no carro e começou a chorar descompassada. – Que merda. – e começou a bater no volante e batendo na busina.- DROGA, DROGA, DROGA, DROGA...- e levou um susto quando ouviu uma batucada no vidro do carro.
Com os olhos vermelhos ela abre o vidro e se vê diante do homem mais lindo que já vira. Tinha olhos verdes, pele morena e cabelos castanhos. E ele de terno, se cobrindo da chuva com uma pasta, sorri.
- Foi a senhorita que perdeu essa aliança?
- Eu estou tão nervosa. Vou pegar as alianças hoje. Estou tão emocionada. – Disse ela a uma amiga.
- Calma. Pegar as alianças é apenas o começo. Não vai achando que casamento é tudo não. Porque eu afirmo, casamento não é tudo na vida.
- E você acha que eu não sei? – e continuou sonhando com filhos e em como ficar rica.
No sábado à tarde ele indo pegar as alianças, olhando pela janela do carro, belas nuvens negras prestes a desabar água céu abaixo.
“Ai que droga. Tinha que estar esse tempo justo hoje?”
Chegando na casa de alianças, depois de ter estacionado o carro a 3 km de distancia da loja ela entra molhada com as poucas gotas de chuva que teimavam em cair antes do tempo. E tremendo de frio já que não levara blusa, nem guarda-chuva.
- Eu vim ver as alianças. – disse ela ao vendedor quando chegou.
Ao ver tudo foi pagar com o cartão, com o pouco crédito que tinha.
“MEU BOLSO SOCORRO. MAIS VAI VALER A PENA. ISSO VAI. COM CERTEZA.” Pensava ela, sempre.
- Senhora, não tem mais as caixinhas pra duas alianças, posso colocar uma separada da outra? – perguntou o vendedor.
- Pode. Quanto? – respondeu ela já sabendo da sacanagem e pagou mais três reais.
Quando saiu da loja a chuva estava pra cair e ela tentou correr. Porem começa um corre corre que deixou ela um pouco nervosa. “Será que vou ser roubada?’ e continuou correndo. Pensou em colocar o pacote na bolsa, porém ela era muito pequena e teve que segurar os embrulhos na mão.
“OLHA O RAPA, OLHA O RAPA.” Ouvi-a se esses gritos pra lá e pra cá e foi uma correria e mais chuva começou a cair. E ao passar um vendedor ambulante do seu lado, o ferro da barraca acabou por rascar a sacolinha e ao cair uma caixinha a aliança acaba caindo no chão, a outra ficara na sacola, a salvo.
- Peguem. Socorro. Minha aliança. – e começou a correr quando acabou tropeçando e caindo numa poça de água.
- DROGA. – gritou ela quando se sentou no carro e começou a chorar descompassada. – Que merda. – e começou a bater no volante e batendo na busina.- DROGA, DROGA, DROGA, DROGA...- e levou um susto quando ouviu uma batucada no vidro do carro.
Com os olhos vermelhos ela abre o vidro e se vê diante do homem mais lindo que já vira. Tinha olhos verdes, pele morena e cabelos castanhos. E ele de terno, se cobrindo da chuva com uma pasta, sorri.
- Foi a senhorita que perdeu essa aliança?
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
DESILUDIDA!
Amanda era seu nome de batizado e nome da noite. Toda noite ela saia de casa, que ela sustentava com o próprio esforço, pronta para o serviço e a procura de dinheiro. Não vamos falar de uma pessoa que faz o que faz por um simples motivo que é a grana fácil e sim, pois todo mundo um dia encontra algo do que se gosta de fazer.
Então vamos ao ponto que um dia estava na boate e Amanda viu um cara bonitão, charmoso, elegante e que parecia ser educado e ter a vida boa. Pena que as aparências enganam.
Dois meses depois que transou com o cara, sem camisinha, se descobriu grávida e foi expulsa da casa que trabalhava por irresponsabilidade. Se essa profissão tivesse registro acho que elas teriam mais direitos? Talvez sim, talvez não. “JÁ PENSOU EU CHEGAR NUM LUGAR E PERGUNTAREM A MINHA PROFISSÃO, VOU RESPONDER O QUE? NÃO RESPONDO E MOSTRO MINHA CARTEIRA?” pensou ela enquanto estava no ônibus de volta pra casa.
Sua mãe era falecida e era brigada com seu pai há muitos anos. Estava morando num asilo e nunca foi vê-lo. “SERIA MUITA CARA DE PAU MINHA IR LÁ SÓ PRA PEDIR AJUDA.” E desistiu e lembrou da antiga casa, perdeu o emprego e a casa que alugava, na verdade um quartinho do qual também foi despejada.
Passou a morar na rua e ninguém mais queria fazer programa com ela. “QUEM IA QUERER COMER UMA VADIA BUXUDA?” perguntou o homem grosseiro quando Amanda ia pedir emprego de volta, estava passando fome.
Passou alguns dias num albergue e foi seguindo a vida. Pedindo esmola e correndo atrás de comida. “MAS E O PAI?” perguntou a si mesma.
Pegou as moedas trocadas que tinha as poucas, e pegou um ônibus pra zona sul.
Em frente ao prédio, ela respirou fundo e com um suspiro de força e crença ela foi em frente.
CONTINUA...
Então vamos ao ponto que um dia estava na boate e Amanda viu um cara bonitão, charmoso, elegante e que parecia ser educado e ter a vida boa. Pena que as aparências enganam.
Dois meses depois que transou com o cara, sem camisinha, se descobriu grávida e foi expulsa da casa que trabalhava por irresponsabilidade. Se essa profissão tivesse registro acho que elas teriam mais direitos? Talvez sim, talvez não. “JÁ PENSOU EU CHEGAR NUM LUGAR E PERGUNTAREM A MINHA PROFISSÃO, VOU RESPONDER O QUE? NÃO RESPONDO E MOSTRO MINHA CARTEIRA?” pensou ela enquanto estava no ônibus de volta pra casa.
Sua mãe era falecida e era brigada com seu pai há muitos anos. Estava morando num asilo e nunca foi vê-lo. “SERIA MUITA CARA DE PAU MINHA IR LÁ SÓ PRA PEDIR AJUDA.” E desistiu e lembrou da antiga casa, perdeu o emprego e a casa que alugava, na verdade um quartinho do qual também foi despejada.
Passou a morar na rua e ninguém mais queria fazer programa com ela. “QUEM IA QUERER COMER UMA VADIA BUXUDA?” perguntou o homem grosseiro quando Amanda ia pedir emprego de volta, estava passando fome.
Passou alguns dias num albergue e foi seguindo a vida. Pedindo esmola e correndo atrás de comida. “MAS E O PAI?” perguntou a si mesma.
Pegou as moedas trocadas que tinha as poucas, e pegou um ônibus pra zona sul.
Em frente ao prédio, ela respirou fundo e com um suspiro de força e crença ela foi em frente.
CONTINUA...
terça-feira, 5 de agosto de 2008
PORQUE MEU FILHO, POR QUÊ?
Edivânia ia todo domingo visitar filho na prisão como de costume. Mas dessa vez iria ser diferente. Passou pela revista, tinha levado bolo, pães e outras coisas. Entrou no pátio da prisão e foi procurar por ele.
- Benção, mãe. – Disse Marcão ao ver a mãe e ao abraçá-la caiu no choro.
- Pare com isso meu filho. Não vê que isso não tem sentido. – disse ela seca.
- Como assim mãe? Não tem sentido minha vida. – ele se levanta. – Ai que saudade da senhora, da sua comida...
- De um lar, né meu filho? – ela o interrompe.
- Também mãe. – ela não mudava o olhar de pedra dela. – Vamos sentar e conversar melhor vamos? – ele a leva pra um lugar um pouco mais isolado. Ela se sente um pouco contra vontade. – Me conte como anda minha irmã, Fátima?
- Ela está bem. – diz olhando pros lados.
- E tio Carlos? Como anda com a oficina? – ele tenta de todo jeito deixar a mãe nem que seja um pouco mais confortável.
- Ta bem também. – ela o olha como se fosse dizer o que tinha que dizer, porém aos poucos sempre ia perdendo a coragem.
- E porque ninguém veio me visitar ainda? Sabem que presídio eu to? Onde estou? Sabem mãe? – Ele a pega pela mão. Ela sem jeito se desvencilha e se levanta. – Que foi? Aconteceu alguma coisa? A senhora está tão estranha desde que chegou. – se levanta também.
- E que... – Cria coragem. – Essa é a... – ela o abraça como não o tivesse visto há anos e se emocionam.
- Mãe, oh mãe. Que saudade da senhora. Como a senhora me faz falta, sua força e coragem. Me ajuda a enfrentar o mundo daqui mãe? Me ajuda? – ele parecendo uma criança pede ajoelhado.
- Essa é a ultima vez que venho aqui, Marcos. – com voz firme ela despeja a fatídica frase.
- A senhora me chamou pelo nome? Como assim a ultima vez mãe? – se levanta se a pega pelos ombros, ao mesmo tempo apertando e suplicando ajuda, sem entender nada. Ela se banha em lágrimas.
- Isso mesmo meu filho... – ela se solta. Vira de costas pra ele por não poder dizer isso de frente. – É a ultima vez que venho aqui te visitar. De agora em diante nem família, nem eu vamos vir te ver. – Ela se vira e vê lágrimas caem dos olhos de seu filho. Ela sente vontade de abraçá-lo, porém se segura.
- Tem algum motivo pra isso? – Marcão desolado.
- Vou me mudar pra Paraíba, minha terra, e sua irmã vai comigo. Seu tio nunca quis vim aqui...
- Sempre me chamou de vagabundo pelas costas que eu sei. Mas ele sabe muito bem que... – começa a perder o fôlego.
- Sabe que você se tornou um bandido. Nunca te ensinei isso meu filho.
- Eu sei.
- ENTÃO PORQUE MEU FILHO, POR QUÊ? – grita ela no desespero. Estava pra perguntar isso a muito tempo.
- Porque ele mereceu. – rosna de ódio.
- Ele mereceu e ocê ta ai, trancafiado nessa prisão imunda. Eu te escrevo, não se preocupe – ela da um passo em direção a saída.
- Boa viagem mãe. – ele diz antes dela dar mais um passo.
- Obrigada. – ela se vira e responde. E tenta ser forte, porém se vira novamente e ele com a cara coberta pelas mãos e ajoelhado no chão, levanta o rosto ao vê-la se virar.
- Nunca se esqueça meu filho. Nunca mesmo, que a única pessoa que te ama sou eu. E que hoje, deixo contigo meu coração.
E ela sai aos prantos em direção a Paraíba.
- Benção, mãe. – Disse Marcão ao ver a mãe e ao abraçá-la caiu no choro.
- Pare com isso meu filho. Não vê que isso não tem sentido. – disse ela seca.
- Como assim mãe? Não tem sentido minha vida. – ele se levanta. – Ai que saudade da senhora, da sua comida...
- De um lar, né meu filho? – ela o interrompe.
- Também mãe. – ela não mudava o olhar de pedra dela. – Vamos sentar e conversar melhor vamos? – ele a leva pra um lugar um pouco mais isolado. Ela se sente um pouco contra vontade. – Me conte como anda minha irmã, Fátima?
- Ela está bem. – diz olhando pros lados.
- E tio Carlos? Como anda com a oficina? – ele tenta de todo jeito deixar a mãe nem que seja um pouco mais confortável.
- Ta bem também. – ela o olha como se fosse dizer o que tinha que dizer, porém aos poucos sempre ia perdendo a coragem.
- E porque ninguém veio me visitar ainda? Sabem que presídio eu to? Onde estou? Sabem mãe? – Ele a pega pela mão. Ela sem jeito se desvencilha e se levanta. – Que foi? Aconteceu alguma coisa? A senhora está tão estranha desde que chegou. – se levanta também.
- E que... – Cria coragem. – Essa é a... – ela o abraça como não o tivesse visto há anos e se emocionam.
- Mãe, oh mãe. Que saudade da senhora. Como a senhora me faz falta, sua força e coragem. Me ajuda a enfrentar o mundo daqui mãe? Me ajuda? – ele parecendo uma criança pede ajoelhado.
- Essa é a ultima vez que venho aqui, Marcos. – com voz firme ela despeja a fatídica frase.
- A senhora me chamou pelo nome? Como assim a ultima vez mãe? – se levanta se a pega pelos ombros, ao mesmo tempo apertando e suplicando ajuda, sem entender nada. Ela se banha em lágrimas.
- Isso mesmo meu filho... – ela se solta. Vira de costas pra ele por não poder dizer isso de frente. – É a ultima vez que venho aqui te visitar. De agora em diante nem família, nem eu vamos vir te ver. – Ela se vira e vê lágrimas caem dos olhos de seu filho. Ela sente vontade de abraçá-lo, porém se segura.
- Tem algum motivo pra isso? – Marcão desolado.
- Vou me mudar pra Paraíba, minha terra, e sua irmã vai comigo. Seu tio nunca quis vim aqui...
- Sempre me chamou de vagabundo pelas costas que eu sei. Mas ele sabe muito bem que... – começa a perder o fôlego.
- Sabe que você se tornou um bandido. Nunca te ensinei isso meu filho.
- Eu sei.
- ENTÃO PORQUE MEU FILHO, POR QUÊ? – grita ela no desespero. Estava pra perguntar isso a muito tempo.
- Porque ele mereceu. – rosna de ódio.
- Ele mereceu e ocê ta ai, trancafiado nessa prisão imunda. Eu te escrevo, não se preocupe – ela da um passo em direção a saída.
- Boa viagem mãe. – ele diz antes dela dar mais um passo.
- Obrigada. – ela se vira e responde. E tenta ser forte, porém se vira novamente e ele com a cara coberta pelas mãos e ajoelhado no chão, levanta o rosto ao vê-la se virar.
- Nunca se esqueça meu filho. Nunca mesmo, que a única pessoa que te ama sou eu. E que hoje, deixo contigo meu coração.
E ela sai aos prantos em direção a Paraíba.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
O POSTO E A PRAIA.
Diogo havia planejado aquela viagem há muito tempo atrás e não tinha ninguém que tirasse essa idéia dele.
- Se não formos à praia no ultimo fim de semana das minhas férias eu vou voltar revoltado pro trabalho.
Detalhe que ele não conseguiu viajar nas suas férias pois, a casa estava de reforma e só sobrou o ultimo fim de semana.
- Calma amor. Vai dar tudo certo, não se preocupe. – A mulher Isadora quase rindo do desespero do marido o acalma.
- Tomara. E o pior que o Renato estava me enchendo tanto pra ir pra praia.
- Ele deve tá mais animado que você. – Isadora olha pra trás e vê o filho roncando.
- Que engraçado. Só eu aqui tô ansioso? – Diogo ouve um barulho do motor. – O que foi esse barulho?
- Mãe, quero ir no banheiro. – Renato acordara e chamara pela mãe.
- Vamos parar no próximo posto Diogo. Seu filho que fazer xixi.
- Mesmo se eu não quisesse. Eu ainda chego na praia. Pode acreditar.
Eles pararam no posto mais próximo, isso quer dizer, quase 20 minutos depois.
- Mãe ta doendo. – Renato aperta a bexiga.
- Calma filho. Vamos. – Os dois mãe e filho descem do carro e vão em direção ao banheiro. – Já voltamos amor.
- Não demorem, por favor. – ele vai falar com o mecânico, que leva o carro pra oficina do posto.
Espera vai, minutos vão e o mecânico volta pra dar o veredicto.
- Tá com vazamento de óleo.
- Está com o quê? – Diogo perplexo com o que acabara de ouvir.
- Vai ter que levar até uma oficina da capital. Esse carro não pode continuar na estrada.
- Eu não acredito. – nervoso e sem acreditar no que tinha acontecido ele vai até o carro, pega a carteira e tenta em vão encontrar o celular. Tempo perdido.
- Posso usar o telefone, por favo? – Diogo começa a ficar desesperado com a resposta negativa. – Meu Deus, porque hoje? Porque hoje?
Ele começou a ficar inquieto. Cadê Isadora? Foi no posto inteiro procurá-la e nada. Foi na praça de alimentação e nada. Ele passa pela janela e uma nuvem escura passa.
“SÓ FALTA ISSO”
Ao se cansar de procurar ele volta pro carro. Lá estão sua mulher e seu filho com cara de que estão esperando a muito tempo por ele.
- Onde você estava amor? – Isadora está comendo pipoca.
- Fui te procurar a mais ou menos vinte minutos.
- Foi a mais ou menos quando cheguei.
- Me dá o celular, por favor. – Diz ele respirando fundo.
- O meu ou o seu?
- O meu né? – Diogo já não se agüenta de impaciência.
- O meu está aqui. Você não pegou o seu?
- Eu pedi pra você pegar, não foi?
- Eu ouvi que você ia pegar o celular.
- EU NÃO ACREDITO. Além de ficarmos sem carona, nosso carro vai ter que ir pra São Paulo, pois tá com vazamento de óleo. E o único lugar que tem o telefone do seguro é meu celular.
- Não tem na sua carteira? – ela aponta pra carteira que está na mão dele.
- É verdade. – ele se acalma e pensa. – Seu celular tem crédito? – ele animado pergunta.
- Não tem não. Acabei de ligar pra minha mãe e não deu nem pra terminar.
- EU NÃO ACREDITO NISSO...
Uma trovoada acaba com seu raciocínio e uma gota de água cai em sua testa.
- Se não formos à praia no ultimo fim de semana das minhas férias eu vou voltar revoltado pro trabalho.
Detalhe que ele não conseguiu viajar nas suas férias pois, a casa estava de reforma e só sobrou o ultimo fim de semana.
- Calma amor. Vai dar tudo certo, não se preocupe. – A mulher Isadora quase rindo do desespero do marido o acalma.
- Tomara. E o pior que o Renato estava me enchendo tanto pra ir pra praia.
- Ele deve tá mais animado que você. – Isadora olha pra trás e vê o filho roncando.
- Que engraçado. Só eu aqui tô ansioso? – Diogo ouve um barulho do motor. – O que foi esse barulho?
- Mãe, quero ir no banheiro. – Renato acordara e chamara pela mãe.
- Vamos parar no próximo posto Diogo. Seu filho que fazer xixi.
- Mesmo se eu não quisesse. Eu ainda chego na praia. Pode acreditar.
Eles pararam no posto mais próximo, isso quer dizer, quase 20 minutos depois.
- Mãe ta doendo. – Renato aperta a bexiga.
- Calma filho. Vamos. – Os dois mãe e filho descem do carro e vão em direção ao banheiro. – Já voltamos amor.
- Não demorem, por favor. – ele vai falar com o mecânico, que leva o carro pra oficina do posto.
Espera vai, minutos vão e o mecânico volta pra dar o veredicto.
- Tá com vazamento de óleo.
- Está com o quê? – Diogo perplexo com o que acabara de ouvir.
- Vai ter que levar até uma oficina da capital. Esse carro não pode continuar na estrada.
- Eu não acredito. – nervoso e sem acreditar no que tinha acontecido ele vai até o carro, pega a carteira e tenta em vão encontrar o celular. Tempo perdido.
- Posso usar o telefone, por favo? – Diogo começa a ficar desesperado com a resposta negativa. – Meu Deus, porque hoje? Porque hoje?
Ele começou a ficar inquieto. Cadê Isadora? Foi no posto inteiro procurá-la e nada. Foi na praça de alimentação e nada. Ele passa pela janela e uma nuvem escura passa.
“SÓ FALTA ISSO”
Ao se cansar de procurar ele volta pro carro. Lá estão sua mulher e seu filho com cara de que estão esperando a muito tempo por ele.
- Onde você estava amor? – Isadora está comendo pipoca.
- Fui te procurar a mais ou menos vinte minutos.
- Foi a mais ou menos quando cheguei.
- Me dá o celular, por favor. – Diz ele respirando fundo.
- O meu ou o seu?
- O meu né? – Diogo já não se agüenta de impaciência.
- O meu está aqui. Você não pegou o seu?
- Eu pedi pra você pegar, não foi?
- Eu ouvi que você ia pegar o celular.
- EU NÃO ACREDITO. Além de ficarmos sem carona, nosso carro vai ter que ir pra São Paulo, pois tá com vazamento de óleo. E o único lugar que tem o telefone do seguro é meu celular.
- Não tem na sua carteira? – ela aponta pra carteira que está na mão dele.
- É verdade. – ele se acalma e pensa. – Seu celular tem crédito? – ele animado pergunta.
- Não tem não. Acabei de ligar pra minha mãe e não deu nem pra terminar.
- EU NÃO ACREDITO NISSO...
Uma trovoada acaba com seu raciocínio e uma gota de água cai em sua testa.
domingo, 3 de agosto de 2008
ASCENDÊNCIA!
Oi mãe,
Nunca estive pensando tanto na senhora quanto neste momento, vejo seu rosto em todos os lugares, ouço sua voz e sinto falta do seu colo.
Preciso de muita prece da senhora. Minhas lágrimas só não funcionam e preciso de sua ajuda. Eu ando muito confuso com tudo, Marcela terminou comigo, fui enxotado do apartamento em que eu morava, nada se acerta pra mim e a faculdade, peço perdão pra senhora, mas eu sai. Não me sentia bem naquele ambiente e desde que eu sai de casa nada funciona pra mim, fui perdendo meus amigos pouco a pouco, não tenho mais dinheiro pra comer, peço desculpas se te magôo ou te magoei alguma vez, como quando eu era pequeno em que roubei um chiclete da mercearia e a senhora me deu uma surra. Mas o destino foi cruel comigo e me vejo em cima desse prédio hoje com vista para o chão em movimento. Tudo se transforma e fica tão colorido e me dá um medo. Sinto uma brisa pesada me carregando.
Tenho que dizer isso mais uma vez antes que eu não tenha mais tempo,
Mãe, eu te amo. Nunca se esqueça de mim. E peça a Deus o perdão pros meus pecados.
Amém.
O policial Ricardo achara a carta 40 minutos depois, em cima de um prédio na região de perdizes.
Nunca estive pensando tanto na senhora quanto neste momento, vejo seu rosto em todos os lugares, ouço sua voz e sinto falta do seu colo.
Preciso de muita prece da senhora. Minhas lágrimas só não funcionam e preciso de sua ajuda. Eu ando muito confuso com tudo, Marcela terminou comigo, fui enxotado do apartamento em que eu morava, nada se acerta pra mim e a faculdade, peço perdão pra senhora, mas eu sai. Não me sentia bem naquele ambiente e desde que eu sai de casa nada funciona pra mim, fui perdendo meus amigos pouco a pouco, não tenho mais dinheiro pra comer, peço desculpas se te magôo ou te magoei alguma vez, como quando eu era pequeno em que roubei um chiclete da mercearia e a senhora me deu uma surra. Mas o destino foi cruel comigo e me vejo em cima desse prédio hoje com vista para o chão em movimento. Tudo se transforma e fica tão colorido e me dá um medo. Sinto uma brisa pesada me carregando.
Tenho que dizer isso mais uma vez antes que eu não tenha mais tempo,
Mãe, eu te amo. Nunca se esqueça de mim. E peça a Deus o perdão pros meus pecados.
Amém.
O policial Ricardo achara a carta 40 minutos depois, em cima de um prédio na região de perdizes.
sábado, 2 de agosto de 2008
RECOMPENSA = PRÊMIO CONCEDIDO POR RECONHECIMENTO?
- Quanto que ele quer pela casa? – Marta estava olhando as infiltrações das paredes.
- Uns 90 mil, pelo que ele falou. – Gilberto tentando arrumar um cano da cozinha, embaixo da pia e acaba soltando-o dos demais juntos.
- Mas como assim? 90 mil numa casa velha dessas? – Ela chega perto dele e pega o cano. – Que recompensa teremos se comprar-mos a casa? Nem cano na cozinha ela tem. E você deu sorte do registro estar desligado.
- Nem me fala. Essa casa está começando a me dar medo. – Ele se dirige a janela da sala.
- E olha que ainda tem o andar de cima.
- Mas com uma reforma talvez ela tenha seu valor. – Ao abrir a janela o bastão da cortina quase cai em sua cabeça.
- “AH, SOCORRO”. Ele ouve sua mulher berrar e corre pra ver o que é. Ela tinha prendido o pé na madeira da escada.
- Calma amor. – Ajudando ela. – Pronto. – Ela não estava chorosa. Mas sabia que daqui duas horas o pé estaria roxo.
- Como calma? Nem essa merda de escada serve. – Ela se levanta com dificuldade. Ele a ajuda, e ao olhar pra cozinha ele vê um cachorro. “NOSSA, NÃO TINHA VISTO NENHUM CACHORRO...”. Marta cai em seus braços novamente, se desequilibrou. – Vamos embora agora dessa MERDA.
- Já falei. Calma. Vamos ver o andar de cima. – eles agora, conseguem subir.
Ao chegarem no andar de cima eles vão ver os quartos, no total eram 3, passaram nos dois primeiros, o de hospedes e o do possível filho e foram pra suíte.
- Até que é relativamente grande. Não acha? – Gritou o marido do quarto ao lado
- Esse seu positivismo está me irritando de uma forma... – Marta vê uma porta no quarto e sai na varanda. Como havia chovido no dia anterior estava um pouco úmido o chão. – Está um pouco escorregadio aqui. – Ao tentaradentrar o espaço se desequilibra e se segura na grade de segurança. – Ai que ódio. Eu vou embora daqui. – Gritou ela com o pé doendo.
- O que foi? – ele chegou no quarto e viu uma cama de casal do estilo corte em que se põe cortinas. – “MAS QUEM MOROU AQUI, UMA RAINHA, O PRESIDENTE DA REPUBLICA?” pensou ele – Amor tem uma cama aqui. – avisa ele.
- EU VI. Me ajuda aqui. – Berra ela nervosíssima do lado de fora patinando no piso escorregadio.
- Já vou. – Disse ele já deitado na cama. Com o colchão macio ele começa a brincar e a pular. – UHU. – dois segundos depois o estrado da cama quebra e ele e a cama vão direto pro chão.
- Me ajudaaaaaaaa! – grita ela desesperada que ao se desequilibrar se esborracha com a bunda no chão.
O cachorro olhou os dois, tortos ,voltarem pro carro sem entender nada e voltou pro jardim, sua casa desde que seu dono se foi.
- Uns 90 mil, pelo que ele falou. – Gilberto tentando arrumar um cano da cozinha, embaixo da pia e acaba soltando-o dos demais juntos.
- Mas como assim? 90 mil numa casa velha dessas? – Ela chega perto dele e pega o cano. – Que recompensa teremos se comprar-mos a casa? Nem cano na cozinha ela tem. E você deu sorte do registro estar desligado.
- Nem me fala. Essa casa está começando a me dar medo. – Ele se dirige a janela da sala.
- E olha que ainda tem o andar de cima.
- Mas com uma reforma talvez ela tenha seu valor. – Ao abrir a janela o bastão da cortina quase cai em sua cabeça.
- “AH, SOCORRO”. Ele ouve sua mulher berrar e corre pra ver o que é. Ela tinha prendido o pé na madeira da escada.
- Calma amor. – Ajudando ela. – Pronto. – Ela não estava chorosa. Mas sabia que daqui duas horas o pé estaria roxo.
- Como calma? Nem essa merda de escada serve. – Ela se levanta com dificuldade. Ele a ajuda, e ao olhar pra cozinha ele vê um cachorro. “NOSSA, NÃO TINHA VISTO NENHUM CACHORRO...”. Marta cai em seus braços novamente, se desequilibrou. – Vamos embora agora dessa MERDA.
- Já falei. Calma. Vamos ver o andar de cima. – eles agora, conseguem subir.
Ao chegarem no andar de cima eles vão ver os quartos, no total eram 3, passaram nos dois primeiros, o de hospedes e o do possível filho e foram pra suíte.
- Até que é relativamente grande. Não acha? – Gritou o marido do quarto ao lado
- Esse seu positivismo está me irritando de uma forma... – Marta vê uma porta no quarto e sai na varanda. Como havia chovido no dia anterior estava um pouco úmido o chão. – Está um pouco escorregadio aqui. – Ao tentaradentrar o espaço se desequilibra e se segura na grade de segurança. – Ai que ódio. Eu vou embora daqui. – Gritou ela com o pé doendo.
- O que foi? – ele chegou no quarto e viu uma cama de casal do estilo corte em que se põe cortinas. – “MAS QUEM MOROU AQUI, UMA RAINHA, O PRESIDENTE DA REPUBLICA?” pensou ele – Amor tem uma cama aqui. – avisa ele.
- EU VI. Me ajuda aqui. – Berra ela nervosíssima do lado de fora patinando no piso escorregadio.
- Já vou. – Disse ele já deitado na cama. Com o colchão macio ele começa a brincar e a pular. – UHU. – dois segundos depois o estrado da cama quebra e ele e a cama vão direto pro chão.
- Me ajudaaaaaaaa! – grita ela desesperada que ao se desequilibrar se esborracha com a bunda no chão.
O cachorro olhou os dois, tortos ,voltarem pro carro sem entender nada e voltou pro jardim, sua casa desde que seu dono se foi.
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
O QUE SERIA DE EINSTEIN?
Conversa de avô com seu neto numa tarde de domingo.
- Vô, é legal envelhecer? – Perguntou Matias ao mesmo tempo em que brincava com o carrinho antes do almoço na casa dos avós.
- Matias, que pergunta é essa? – Estranha. – Envelhecer é algo normal. Vai acontecer com seus pais, com você, com todo mundo.
- Isso eu sei vô. Eu quero saber se envelhecer é legal, bacana?
- Envelhecer é algo natural meu neto. – e começou a filosofar. – O que seriam das pessoas se elas não envelhecessem? O que seria da vida sem os avós? Sem os idosos pra botar juízo na cabeça dos jovens?
- Mas vô, é legal envelhecer, vô? – Matias começou a ficar intrigado.
- Meu querido Matias, envelhecer é uma vantagem da vida. Os aprendizados da vida se acumulam. A vida se torna mais saudável.
- A vó gosta de envelhecer? – Matias desistiu da resposta e tentou outra.
- Ela, eu não sei, porém eu adoro. Gosto muito de envelhecer, de ter mais conhecimento... – “Até que enfim.” Pensou Matias. -... O que seria dos gênios sem a idade, dos poetas, filósofos gregos se não fossem a experiência de vida.
- Mas todos os gênios são velhos, vó?
- Coisa feia. Não chame uma pessoa mais velha de mais velha. – “Como?” Pensou Matias confuso. Com sete anos ouvindo isso? – Digamos que todos os mais velhos e idosos são mais vividos. E o que seria de mim se não fosse a idade. O que seria de Einstein? Dos deuses? Do mundo?...
“Deixa pra lá” e Matias foi pra fora brincar com Bob, o labrador.
- Vô, é legal envelhecer? – Perguntou Matias ao mesmo tempo em que brincava com o carrinho antes do almoço na casa dos avós.
- Matias, que pergunta é essa? – Estranha. – Envelhecer é algo normal. Vai acontecer com seus pais, com você, com todo mundo.
- Isso eu sei vô. Eu quero saber se envelhecer é legal, bacana?
- Envelhecer é algo natural meu neto. – e começou a filosofar. – O que seriam das pessoas se elas não envelhecessem? O que seria da vida sem os avós? Sem os idosos pra botar juízo na cabeça dos jovens?
- Mas vô, é legal envelhecer, vô? – Matias começou a ficar intrigado.
- Meu querido Matias, envelhecer é uma vantagem da vida. Os aprendizados da vida se acumulam. A vida se torna mais saudável.
- A vó gosta de envelhecer? – Matias desistiu da resposta e tentou outra.
- Ela, eu não sei, porém eu adoro. Gosto muito de envelhecer, de ter mais conhecimento... – “Até que enfim.” Pensou Matias. -... O que seria dos gênios sem a idade, dos poetas, filósofos gregos se não fossem a experiência de vida.
- Mas todos os gênios são velhos, vó?
- Coisa feia. Não chame uma pessoa mais velha de mais velha. – “Como?” Pensou Matias confuso. Com sete anos ouvindo isso? – Digamos que todos os mais velhos e idosos são mais vividos. E o que seria de mim se não fosse a idade. O que seria de Einstein? Dos deuses? Do mundo?...
“Deixa pra lá” e Matias foi pra fora brincar com Bob, o labrador.
quinta-feira, 31 de julho de 2008
PARANÓIA!
Elizandra tinha mania de perseguição. Sua bolsa era quase que lacrada e vivia olhando para os lados. Um dia no mercado viu um homem do qual nunca tinha visto no bairro. Ele começara a olhar e ela estranhando o acompanhava no olhar. Saiu do mercado de compras feitas,
normalmente, porém estranhando o sujeito. No decorrer da tarde, ao ir na casa de uma amiga, na avenida de cima, ela encontra o dito sujeito na porta de uma casa tomando sol no fim da tarde com uma senhora, bem idosa, parecia sua mãe pela aparência. “ENTÃO É AQUI QUE O SENHOR MORA.” Pensou ela. “Eliz? Eliz? Você está bem?” e sua amiga Leandra não parava de chamar sua atenção. Algo martelava na cabeça dela e que não saia nem que por decreto. Com o passar dos dias, indo e vindo pelo bairro ela acaba achando algo estranho. Ao chegar de ônibus, certa vez encontrou o cara, umas dez horas da noite na porta da casa dele olhando a rua. “MAS O QUE ESSE CARA ESTÁ OLHANDO A ESSA HORA DA NOITE?”. E a mesma coisa foi que um dia, a tarde, o cara estava conversando com uma amiga dele, e Eliz pára pra ir na casa de Leandra e encontra uma senhora. A amiga do cara começa a olhar para ela. “MEU DEUS. QUE ESTÁ ACONTECENDO QUE ESSA MULHER QUE NÃO PARA DE ME OLHAR?”. Pensava nisso noite e dia. Achava que o cara estaria tentando algo com ela. “E SE ELE QUISER ME PEGAR A FORÇA? ME ESTRUPAR? O QUE EU FAÇO MEU DEUS?”. E ficava o tempo todo nesse pensamento. Acendia vela toda noite para seu anjo da guarda. “PARA ELIZ. TÁ FICANDO LOUCA JÁ. O CARA NEM TE CONHEÇE.” Repreendeu a amiga. “MAS É POR ISSO MESMO. NÃO TEM NADA A PERDER" respondeu na lata. Uma semana depois começou a fazer um curso em que chegava em casa umas 22:40 mais ou menos. E sempre ficava olhando para os lados como se tivesse um informante dele a seguindo. “MEU PAI, ELE VAI LIGAR PARA O HOMEM”, pensou quando viu um cara estranho a olhar de canto de olho e ligar em seu celular. Desceu um ponto antes e foi andando. Nesses dias que se passaram, um carro cinza, que se encostava à rua um pouco acima de sua casa, toda noite, se tornou estranho. Quase que um alienígena na terra. Um objeto estranho. Às vezes pensava que não. Mais o medo às vezes a tomava conta e ao correr, quando o carro começou a andar, por medo de ser alguém perseguindo-a, correu mais, caiu e machucou o joelho.
Na noite seguinte...
normalmente, porém estranhando o sujeito. No decorrer da tarde, ao ir na casa de uma amiga, na avenida de cima, ela encontra o dito sujeito na porta de uma casa tomando sol no fim da tarde com uma senhora, bem idosa, parecia sua mãe pela aparência. “ENTÃO É AQUI QUE O SENHOR MORA.” Pensou ela. “Eliz? Eliz? Você está bem?” e sua amiga Leandra não parava de chamar sua atenção. Algo martelava na cabeça dela e que não saia nem que por decreto. Com o passar dos dias, indo e vindo pelo bairro ela acaba achando algo estranho. Ao chegar de ônibus, certa vez encontrou o cara, umas dez horas da noite na porta da casa dele olhando a rua. “MAS O QUE ESSE CARA ESTÁ OLHANDO A ESSA HORA DA NOITE?”. E a mesma coisa foi que um dia, a tarde, o cara estava conversando com uma amiga dele, e Eliz pára pra ir na casa de Leandra e encontra uma senhora. A amiga do cara começa a olhar para ela. “MEU DEUS. QUE ESTÁ ACONTECENDO QUE ESSA MULHER QUE NÃO PARA DE ME OLHAR?”. Pensava nisso noite e dia. Achava que o cara estaria tentando algo com ela. “E SE ELE QUISER ME PEGAR A FORÇA? ME ESTRUPAR? O QUE EU FAÇO MEU DEUS?”. E ficava o tempo todo nesse pensamento. Acendia vela toda noite para seu anjo da guarda. “PARA ELIZ. TÁ FICANDO LOUCA JÁ. O CARA NEM TE CONHEÇE.” Repreendeu a amiga. “MAS É POR ISSO MESMO. NÃO TEM NADA A PERDER" respondeu na lata. Uma semana depois começou a fazer um curso em que chegava em casa umas 22:40 mais ou menos. E sempre ficava olhando para os lados como se tivesse um informante dele a seguindo. “MEU PAI, ELE VAI LIGAR PARA O HOMEM”, pensou quando viu um cara estranho a olhar de canto de olho e ligar em seu celular. Desceu um ponto antes e foi andando. Nesses dias que se passaram, um carro cinza, que se encostava à rua um pouco acima de sua casa, toda noite, se tornou estranho. Quase que um alienígena na terra. Um objeto estranho. Às vezes pensava que não. Mais o medo às vezes a tomava conta e ao correr, quando o carro começou a andar, por medo de ser alguém perseguindo-a, correu mais, caiu e machucou o joelho.
Na noite seguinte...
quarta-feira, 30 de julho de 2008
UM BREVE ADEUS!
- Mas, por quanto tempo você vai ficar mesmo filha? – Perguntou dona Renata pra filha no Aeroporto.
- Uns dois anos, mais ou menos. – Respondeu zelosa, Márcia. Estava de partida pra Itália a serviço.
- Lá é frio, né? Está levando blusa, minha filha? Olha...
- Calma mãe, estou levando sim. Vou ficar uns tempos só, não precisa se abalar tanto. – Márcia acariciava os leves e grisalhos cabelos de sua mãe.
- Não, é que... Mas... Promete que vai escrever Márcia? – Disse a mãe com as mãos nos ombros da filha e os olhos cheios de lágrimas.
- Claro, não prometi milhões de vezes que escreveria? Fica tranquila. E os presentes também estão de pé, hein. – as duas riram descontraídas.
- Só de ter você sã e salva vai ser um belo de um presente.
- E o papai? – Perguntou Márcia.
- Estava dormindo e não pôde vir. Você sabe o sono dele, não sabe? – Renata mudou sua fisionomia. Estava preocupada agora.
- Conversei com ele ontem. Me disse que ia se cuidar e cuidar da senhora e do Lucas.
- Seu irmão disse que será o homem da casa daqui em diante. – um breve sorriso brotou do rosto de dona Renata.
- Se bem que tem garotos de 19 que já são pais de dois filhos.
- Credo filha. Vira essa boca pra lá. – Márcia riu gostoso.
- Vai saber, aquela namoradinha dele não é aquela safada que a senhora disse? – e riu novamente.
- Fica quieta. Se o Lucas te escuta me deixa na rua. Aliás, seu irmão está demorando no banheiro...
- Falando nele... – Lucas aparece atrás de Renata.
- Tricotaram muito? – Provocou Lucas e cutucando sua mãe pela cintura.
“ULTIMA CHAMADA. VÔO PARA MILÃO, ITÁLIA. PORTÃO TRÊS”.
- Tenho que ir, família. Beijos a todos que eu não vi e vocês se cuidem, por favor. E telefonem só se for urgente pra não ficar fazendo chamada internacional à toa. – Beijou a mãe e o irmão.
- Vai lá mana. Seu cuida e não se esqueça da minha camisa da seleção Original. – Renata tirou da bolsa um terço. O que era de sua mãe.
- Pode deixar. – E Márcia beijou a mãe.
- Se cuida filha. Fica com Deus. Que ele te proteja. – Disse Renata segurando a mão da filha no peito e lhe entregando um terço.
- A senhora também. Fica bem. – Com lágrimas brotando aos poucos de seus olhos verdes, Márcia soltou a mão da mão de sua mãe e se virou.
Foi andando sentido portão três.
- Uns dois anos, mais ou menos. – Respondeu zelosa, Márcia. Estava de partida pra Itália a serviço.
- Lá é frio, né? Está levando blusa, minha filha? Olha...
- Calma mãe, estou levando sim. Vou ficar uns tempos só, não precisa se abalar tanto. – Márcia acariciava os leves e grisalhos cabelos de sua mãe.
- Não, é que... Mas... Promete que vai escrever Márcia? – Disse a mãe com as mãos nos ombros da filha e os olhos cheios de lágrimas.
- Claro, não prometi milhões de vezes que escreveria? Fica tranquila. E os presentes também estão de pé, hein. – as duas riram descontraídas.
- Só de ter você sã e salva vai ser um belo de um presente.
- E o papai? – Perguntou Márcia.
- Estava dormindo e não pôde vir. Você sabe o sono dele, não sabe? – Renata mudou sua fisionomia. Estava preocupada agora.
- Conversei com ele ontem. Me disse que ia se cuidar e cuidar da senhora e do Lucas.
- Seu irmão disse que será o homem da casa daqui em diante. – um breve sorriso brotou do rosto de dona Renata.
- Se bem que tem garotos de 19 que já são pais de dois filhos.
- Credo filha. Vira essa boca pra lá. – Márcia riu gostoso.
- Vai saber, aquela namoradinha dele não é aquela safada que a senhora disse? – e riu novamente.
- Fica quieta. Se o Lucas te escuta me deixa na rua. Aliás, seu irmão está demorando no banheiro...
- Falando nele... – Lucas aparece atrás de Renata.
- Tricotaram muito? – Provocou Lucas e cutucando sua mãe pela cintura.
“ULTIMA CHAMADA. VÔO PARA MILÃO, ITÁLIA. PORTÃO TRÊS”.
- Tenho que ir, família. Beijos a todos que eu não vi e vocês se cuidem, por favor. E telefonem só se for urgente pra não ficar fazendo chamada internacional à toa. – Beijou a mãe e o irmão.
- Vai lá mana. Seu cuida e não se esqueça da minha camisa da seleção Original. – Renata tirou da bolsa um terço. O que era de sua mãe.
- Pode deixar. – E Márcia beijou a mãe.
- Se cuida filha. Fica com Deus. Que ele te proteja. – Disse Renata segurando a mão da filha no peito e lhe entregando um terço.
- A senhora também. Fica bem. – Com lágrimas brotando aos poucos de seus olhos verdes, Márcia soltou a mão da mão de sua mãe e se virou.
Foi andando sentido portão três.
terça-feira, 29 de julho de 2008
A sapatilha da bailarina!
Érika não era muito de sair, ficava estudando o dia inteiro e não se cansava. Quando não estudava ficava na internet ou saia com os pais para jantar ou fazer um passeio educatico. "Filha, você não cansa não? Suas amigas vivem ligando em casa te chamando pros lugares, e você só estudando, lendo, estudando. Quando vai sair do casulo, hein? ..." Sua mãe perguntou isso e ela nem se deu ao trabalho de responder, e nem de ouvir o resto. No dia seguinte ela foi pra escola e por mais impossível que isso pareça, não prestou a atenção na aula de matemática. "Mas porque será que a pergunta da minha mãe não sai da minha cabeça? Casulo? É pecado querer estudar?" pensou após um bocejo gostoso. No caminho de casa ao passar num bar que estava com a TV ligada, uma reportagem a intercepta. Era a história de um garoto de 13 anos que fazia parte de uma quadrilha de ladrões de banco que ao assaltar o ultimo levara um tiro na cabeça. "Nossa. Depois minha mãe briga por eu estudar demais." e atende o celular. Era novamente uma amiga chamando-a pra sair, "Vamos? É sexta, vamos se divertir, vai?" e com mais uma resposta negativa ela desligou. Mais ou menos umas cinco da tarde sua mãe pede que pegue uma antiga forma de bolo no quartinho dos fundos. Foi contrariada se enfiar no meio do pó. "Quanta coisa, onde pode estar essa forma, meu Deus?" e tratou de procura-la naquela bagunça. Olhando pra direita, voltou pra esquerda, "Mas onde é que está essa coisa, gente?" e viu um aluminio usado na prateleira de mogno um tanto velha. Não vendo o que estava em cima da forma, ela toma um susto quando cai um caixa. Ficou analisando pra ver se tinha algo diferente, de quem era, de onde aquilo poderia ter vindo e quando abriu se deparou com uma simples sapatilha. "De quem será essa sapatilha?", se perguntou. "Era de sua avó", e Érica bateu com a cabeça na estante com o tamanho susto que levou. "Nossa filha, credo, sou eu." e as duas cairam na gargalhada depois do pequeno choro de dor de Érica. "Minha avó era bailarina? Mas desde quando? A senhora tem fotos dela? me fala." ela não se continha de perguntas. "Infelizmente não minha filha. Faz tempo que essa sapatilha está ai. E também faz tempo que não venho me recordar dos velhos tempos nesse quarto. Ela sempre quis ser bailarina mas não tinha um peso certo pra essa profissão. Me contava que chorava toda noite quando se lembrava do teste. Fez vários e não passou em nenhum. Até que um certo dia...", ela resolve fazer um pouco de suspense. "Fala mãe." apressava Érica de curiosidade. "No seu baile de formatura, ela com seu padrinho deram um banho de dança no salão e convidaram ela pra fazer parte da companhia. Não é só ficar em casa se lamentando e estudando que as coisas vão acontecer. A diversão também conta." e riram as duas. "Mas pode ter sido coincidência? Mas como eu vou me tornar uma engenheira famosa indo pra balada? ah..." e de tanto pensar resolveu retornar a ligação pra amiga.
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Quando a razão chama!
Marina, naquela noite se xingava de burra, idiota e que nunca mais iria se deixar levar pro homem nenhum. lembrava-se do que Marcelo disse e lágrimas vinham quase que automaticamente. "Me desculpa, mas está virando algo sério e não sei se quero isso pra mim agora. Vê se entende, eu trabalho a semana inteira e não sei se terei tempo pra ficar e cuidar de você o tanto que você precisa." disse ele, depois beijou Marina e foi. Ela forte ficou olhando-o e também foi pra sua casa. "Filha, para de ser tonta. Esse cara não te merece.", ao ouvir isso da mãe foi pro seu quarto se deitar. Pensava em tudo. Chorava de raiva e amor. Infelizmente o amava. Quase não dormiu e ao conseguir pegar no sono o despertador deu sinal de vida, "Droga", disse ela indo tomar banho. Tomando café na empresa ela é interceptada por uma amiga, "Me conta, como foi?". Contou o básico e foi trabalhar. Nem conseguia olhar para os lados e a voz dos clientes e colegas de serviço se tornavam quase que insuportáveis. Respirava fundo e continuava. Pronto, dada a hora de ir embora se levantou com a pouca força que o café lhe deu e saiu a passos de procissão e olhos de ressaca. "Preciso estar forte. Não vou deixar um cara desses me dar O fora e cair desse jeito." Passou no banheiro e lavou seu rosto branco e seus olhos negros. Por um breve momento pensou em comprimenta-lo, porém a loucura logo passou. "Apenas um oi?" NÃO. Saiu em direção ao ponto de ônibus. Descendo as escadas de saida e virando a esquerda logo se depara com uma cena que a muito tempo vira num filme. Marcelo de costas no embalo com uma menina que ela até então só vira de relance, e que não ia muito com a cara. Marina bem que tentou disfarçar, mas sua surpresa foi tão grande que só acordou do transe quando a menina que estava com Marcelo a percebeu e ele se virou com a cara mais branca que ela. "Oi, tudo bem, Marina?" perguntou ele sem jeito. Ela respirou fundo, tomando folego e força e de uma só vez disse "Tudo. Melhor agora. Parei apenas pra dizer tchal. ", se virou e foi andando.
domingo, 27 de julho de 2008
O batizado do menino de ouro!!!
Aquelas pesssoas não estavam sentadas esperando o inesperado e nem o começo de algo. Estavam esperando que um milagre acontecesse? não. Ele já tinha acontecido bem diante de seus olhos. Ao se levantarem, para ver aquele ser reluzente, que passava por entre os convidados e moradores do local, para ver o convocado, o chamado de uma ordem especial. No colo de um seio rico e farto, e saido de um ventre milenar, esse menino só podia esperar um coisa, saudações. Suas lágrimas ao sentir as gotas de jasmim caido por entre seus pequenos fios de cabelos foi a pequena demostração de vivacidade e de agradecimento pras pessoas que o assistiam. A chama da vela acesa representando o futuro brindou o novo hóspede da casa chamada vida e o convidou para seguir em frente dizendo "VENHA CONHECER O REINO DOS HUMANOS E CONTEMPLAR DE SUAS FALHAS E ERROS" e assim a chama se apagou, o fisgando para a realidade. O som dos sinos vinham de mãos trabalhadoras e suadas. A dama que o segurava em agradecimento saudou os convivas com um cantico vivo. Em palmas e vivas o garoto de ouro saiu da grande casa de glória e adentrou na carruagem levada por cavalos alados brancos. Foi para a vida que a vela o chamou.
A chama eterna do viver!
A chama eterna do viver!
sábado, 26 de julho de 2008
O outro lado!!!
Ricardo se viu diante de um espelho do qual refletiam luzes. Não sabia o que se significavam essas luzes, mas para ele era um reflexo bom. Aos poucos essas luzes foram ficando amarelas, aos poucos avermelhadas e se misturando num laranja e ele reconheceu. Era a imagem do fogo.
Via como de relance vultos de pessoas andando, correndo, gritando, Sirene. Via pontos azuis no fundo da imagem refletida e pouco pode interpretar o que via. Apenas tinha certeza de algo, de que não podia reconhecer nada ainda. Com certa dificuldade ele viu um homem com um chapeu conhecido, talvez cena de um filme, e logo reconheceu, era ele. Como era ele? Ele se via de bombeiro. Mas como poderia ser ele? ele só tinha dez anos. Talvez ele estivesse se vendo como bombeiro, o seu grande sonho. Desde pequenino sonhava em ser bombeiro e nada tirava isso de sua cabeça. Ficou olhando a imagem um pouco fosca por vários minutos quando pode verificar que era um lugar comum o que estava vendo, e de onde vinham as labaredas. Aquela cortina próxima a janela, com aquela parede, perto do sofá, aquele retrato, com aquela televisão e seu rosto... Ricardo se viu na imagem. Lágrimas cairam de seus olhos quando fitou aquela cena lamuriante. Sua mão tentou alcançar a imagem, mas ele nada pode fazer a não ser rezar. Era ele sim. Ele estava lá. Mas não era o bombeiro. Era a criança que era segurada pelo bombeiro e Ricardo se viu em chamas. Estava dormindo quando aconteceu o acidente e se lembrou de tudo.
Ricardo foi enterrado 24 horas após o infortúnio.
Via como de relance vultos de pessoas andando, correndo, gritando, Sirene. Via pontos azuis no fundo da imagem refletida e pouco pode interpretar o que via. Apenas tinha certeza de algo, de que não podia reconhecer nada ainda. Com certa dificuldade ele viu um homem com um chapeu conhecido, talvez cena de um filme, e logo reconheceu, era ele. Como era ele? Ele se via de bombeiro. Mas como poderia ser ele? ele só tinha dez anos. Talvez ele estivesse se vendo como bombeiro, o seu grande sonho. Desde pequenino sonhava em ser bombeiro e nada tirava isso de sua cabeça. Ficou olhando a imagem um pouco fosca por vários minutos quando pode verificar que era um lugar comum o que estava vendo, e de onde vinham as labaredas. Aquela cortina próxima a janela, com aquela parede, perto do sofá, aquele retrato, com aquela televisão e seu rosto... Ricardo se viu na imagem. Lágrimas cairam de seus olhos quando fitou aquela cena lamuriante. Sua mão tentou alcançar a imagem, mas ele nada pode fazer a não ser rezar. Era ele sim. Ele estava lá. Mas não era o bombeiro. Era a criança que era segurada pelo bombeiro e Ricardo se viu em chamas. Estava dormindo quando aconteceu o acidente e se lembrou de tudo.
Ricardo foi enterrado 24 horas após o infortúnio.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
HOJE!!!
Tudo se renova numa sexta feira...
As pessoas do serviço saem pra tomar uma cerveja,
As donas de casa suspiram de alívio por não ter que limpar a casa no sábado,
As crianças se alegram pq não tem escola no fim de semana,
Quem trabalha de sábado ou domingo fica na mesma...
Mas pq as pessoas insistem em gostar da sexta???
Talvez ai esteja a resposta,
por ela ser apenas uma sexta feira,
o começo do fim de semana e o começo da renovação semanal...ou não?
São tantas as comemorações que os proletários voltam cansados para o trabalho na segunda.
São tantas as festas, tantos badalos, tantos beijos e embalos...
Vai entender o ser humano...
As pessoas do serviço saem pra tomar uma cerveja,
As donas de casa suspiram de alívio por não ter que limpar a casa no sábado,
As crianças se alegram pq não tem escola no fim de semana,
Quem trabalha de sábado ou domingo fica na mesma...
Mas pq as pessoas insistem em gostar da sexta???
Talvez ai esteja a resposta,
por ela ser apenas uma sexta feira,
o começo do fim de semana e o começo da renovação semanal...ou não?
São tantas as comemorações que os proletários voltam cansados para o trabalho na segunda.
São tantas as festas, tantos badalos, tantos beijos e embalos...
Vai entender o ser humano...
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