sábado, 29 de janeiro de 2011

Enfim, as compras!

Marcela e Eduardo chegaram ao Mercado, pegaram o carrinho e foram por entre as gôndolas.

- Amor... – Começa Eduardo – Me passa a lista de compras.

- Sim, pra que?

- Pra eu ir te ajudando. – rebate ele.

- Sim, eu falo o que precisa e você pega pra gente.

- Sim, mas eu queria ver.

- Ver pra que, meu amor? – diz Marcela, delicada.

- A idéia de mudar de mercado foi sua. E esse aqui não e o mais condizente com as nossas economias.

- Ta tudo bem, e só a gente economizar.

- Vindo de você essa frase me assusta. Se no outro sai feito uma louca pondo tudo no carrinho, imagina nesse mercado bonito...

- Não de preocupe Eduardo. – Marcela entra na seção de enlatados. – Confie em mim.

Eduardo estava na área de salgadinhos e via aquela coxinha linda, o chamando para o paraíso e não resistindo, pega duas.

O QUE? – Eduardo enlouquece vendo o preço de duas simples coxinhas, DEZ REAIS? – Virou pro lado e entrou na parte de barras de cereais e auxiliares de regime. EU NÃO VOU LEVAR ISSO NÃO. – E foi por um lado, venho um vendedor.

- Posso ajudá-lo, senhor? – E o dispensou, rapidamente, e deixou a caixinha com os salgados em uma prateleira, ao lado da barrinha de chocolate com avelãs.

- Onde você estava Eduardo? – Perguntou Marcela, parada no caixa com cara de poucos amigos.

- Eu tava por aí!

- Não pegou nada?

- Nem pensar... Você pegou mais 4 molhos de tomate? – Se deu conta do quanto à mulher pusera no carrinho. – Você ta louca?

- Mas o que foi? Não peguei nada, só o que tava na lista.

- E imagina o que não tivesse. Pra que tanta coisa?

- Eu não peguei tanta coisa. E se a sua mãe vier comer em casa no Domingo...?

- Você compra só o que ela comer, pra que isso? E exagero.

- Amor, o que eu peguei demais?

- Meu Santo Cristo, quer me enlouquecer?

E continuaram a conversa ate chegar em casa... Como todo bom casal!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Conversa franca!

- Mãe? – Marcelo entrou em seu quarto, a janela estava entreaberta e viu sua mãe, Roseli, a meia luz. – Está tudo bem?
- Tudo. E com você? – Ela estava com semblante preocupado e voz firme.
- Tudo. O que está fazendo no meu quarto?
- Nada. E porque estaria? É o quarto do meu filho e eu posso entrar quando eu quiser.
- Sim, tudo bem...
- Pode me explicar o que é isso aqui? – Roseli lhe mostra uma cigarrilha.
- É... É que eu... Isso é um cigarro.
- Que isso é um cigarro eu sei, mas do quê? – Silêncio. – Responde.
- Maconha. Eu fumo maconha. – Marcelo não continha sua vergonha e ficou de costas para a mãe.
- Olha pra mim e diga que isso é maconha, Marcelo. Olha para mim e diga.
- Porque a senhora está fazendo isso? Não basta saber que seu filho gosta de maconha? – Ele continua virado
- O que você está fazendo de sua vida, Marcelo? Fumando maconha... – Ela ameniza no tom de voz, se aproxima de Marcelo, acariciando as costas. – Quero que saiba.
- Não precisa falar mais nada. Eu não posso ter liberdade de fazer o que eu quero? – Se desvencilha dela, grosseiramente.
- Pode desde que não atinja a sua família também.
- Como vou atingir vocês? Que viagem mãe.
- Vai sim, já se esqueceu das histórias lamentosas de viciados por aí?
- E quem falou que estou viciado?
- Pode não viciar, mas é a porta de entrada. De onde vem isso aqui pode vir coisa pior.
- Relaxa, sei me cuidar.
- Se você tivesse quarenta anos talvez, mas ouço isso de um jovem que acabou de completar 18 anos.
- Você vai contar pro pai?
- Vou ter uma conversa com ele. Você já tem 18 anos, mas mora em nossa casa e queremos o seu bem.
- Por que me trata feito criminoso? A senhora não fuma também?
- Cigarro não é maconha.
- Mas mata e vicia da mesma forma. Vai lá. Conta pro meu pai. Vou sumir e quero ver como vocês vão ficar.
- Faça como quiser, eu só quero o seu bem. – Ela se aproxima dele, calmamente, beija-lhe a face. – Eu te amo meu filho. Nós te amamos, queremos o seu bem. Faça o que achar melhor. – Roseli sai do quarto com o coração na mão.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Próxima cena...!

CENA 49 – INT. QUARTO DE HOSPITAL.NOITE

Joana está em pé, no leito da cama.

JOANA – Mãe. Por favor, não nos deixe. A senhora é forte, pode aguentar. Eu sei que a senhora pode. Eu não vou conseguir sem você, mãe. Por favor.

Dona Maria respira ofegante. Olha para Joana, desolada, sem dizer uma palavra. Se esforça, mas as palavras não saem.

JOANA – Não faça esforços mamãe, por favor. Acalme-se, estou aqui.

Dona Maria toca o rosto de Joana, cautelosamente, com muito esforço. Um último suspiro e seus olhos se fecham. Ela morre.

JOANA – Não mãe, por favor. Mãe acorda. Acorda. Sou eu, sua filha, estou aqui. Acorda. Não. Por favor. Não morre.

Câmera se distancia lentamente, focando mãe e filha juntas. Música de fundo.

CORTE PARA:

- Corta. – grita o diretor. – Muito bem, é isso aí. Por hoje é só.
- Diretor, preciso falar com você. – Disse Gisele, intérprete de Joana.
- Diga minha Gi.
- Eu não aguento mais chorar. – Desabafa ela.
- O quê? Como assim?
- É isso, não aguento mais chorar. É todo capítulo, todo.
- Você quer o quê? Tem noção do que tá me pedindo?
- É a terceira novela seguida desse autor que eu tô fazendo e não tem um capítulo que eu não chore.
- Eu tenho culpa se você chora bem! Não posso dar um papel desses para qualquer um. Aliás, faltam 15 capítulos para o final da novela. Relaxa Gisele.
- Relaxar como? Eu chego em casa desesperada, não tô suportando, fala com ele.
- Com o autor? Nem morto, aliás, o choro vai aumentar nos próximos capítulos, o novo bloco chega amanhã.
- Eu não aguento.
- Eu não tenho culpa que sua personagem se separa do marido e perde a mãe na mesma semana. Chora filha, bota pra chorar, extravasa, joga tudo pro alto, chuta o pau da barraca, vai fundo, eu hein... – Finaliza ele indo embora.
- Eu não aguento mais chorar. Não aguento mais chorar. Não... – Gisele sai do estúdio 3 chorando.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Antes que a vida se acabe!

Marcelo adentrou aquele espaço, com o coração na mão, e voz embargada. Não tinha espaço para mais nada em sua vida. Ela se perdera completamente após o acidente. Sentia-se só. Foi andando calmamente e se acomodou na cadeira, que junto das outras formavam uma roda.
- Boa noite a todos. Estamos aqui para mais uma reunião. Agradeço a todos pela presença. Alguém quer dar o primeiro depoimento. – Começou João, o organizador da reunião. – Hoje... – continuou ele – Estamos aqui para expormos nossos medos e traumas. Quem quer ser o primeiro a falar?
Marcelo abaixou a cabeça. Sentia vergonha das lágrimas que escorriam pelo seu rosto. Levantou a mão timidamente. Silêncio.
- Pode ficar a vontade Marcelo, estamos aqui para te ouvir. – Expôs João.
- Eu... – Marcelo respirou fundo e secou as lágrimas. – Eu... Faz seis meses do acidente. Não sei... Eu... Meu pai morreu. O carro... Ele tava viajando. Chovia. Eu... – Respirou fundo, como quem retirasse coragem de onde não tinha. – É a décima reunião que eu venho e quando vinha pra cá, pensava que... – Desabou no choro.
- Pode ficar a vontade Marcelo. – Tranquilizou João. – Quando estiver bem pode falar, estamos aqui.
- Eu tinha um relacionamento bom com ele. A gente era amigo. Conversava. Eu saia, era feliz, mas tem uma coisa que me incomoda muito, que pesa no meu coração, um arrependimento. Eu amava meu pai. Eu amava. Eu o amava muito, com todas as forças do meu coração. E ele morreu nesse acidente estúpido. Eu não entendo. Ele era uma pessoa tão boa, eu não. – Marcelo não aguenta e cai em prantos de novo. – Eu amava meu pai, eu amava.
- Por que você repete tanto que amava seu pai, Marcelo? – Perguntou João.
- Por que eu nunca consegui dizer isso a ele...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Esclarecendo!

- Vô, o senhor já ficou enfezado?
- O quê meu filho?
- Enfezado?
- Enfezado... Enfezado? – Repetiu o avô.
- É vô... Minha mãe falou que papai tava enfezado.
- Você aprontou alguma Pedrinho?
- Eu não vô. – Respondeu nervoso o pequeno Pedrinho, de oito anos.
- Mas seu pai... Por que estaria enfezado?
- Ela falou que ele tava passando mal.
- Ele tava bravo?
- Não! Ela ficou porque ele tava enfezado.
- E ele enfezou por quê?
- Eu não sei, mas a mãe tava nervosa. Mas você já ficou
Enfesado? - Insistiu o menino.
- Enfesado? Eu?... Olha, na minha idade, tem dias que sim,
e tem dias que não...
- O quê vô, como assim?
- Deixa isso pra lá... – E foi rindo, com o neto, tomar um sorvete.

Algo diferente!

- Amor, quero fazer algo diferente. – Sugeriu Marcela, deitada na cama, de camisola rosa.
- Está com vontade de comer o quê, desta vez? – Perguntou Roberto, seu marido.
- Não é de comer, ou quer dizer, não sei. Sei lá. Fazer sexo a três!
- O QUÊ? – Em um pulo, no susto, Roberto senta-se na cama. – Como assim?
- É verdade, dois homens e eu!
- É você ficou louca?
- E se fossem duas mulheres?
- Hum – Pensou ele. – Mas como assim, aonde quer chegar com isso?
- Eu quero apimentar nossa relação.
- E precisa colocar alguém no meio. Vamos fazer algo diferente sim, vamos viajar. – Sugeriu.
- Ah sim, claro! Quer ir para Ubatuba como na nossa última lua de mel?
- Foi romântico.
- Choveu a semana inteira Roberto, era Julho. Quero algo mais acalentador.
- Vamos para Campos, então.
- Do Jordão? – Marcela se alegrou.
- Não, de Goytacazes.
- Não, na casa da sua prima eu não volto de jeito nenhum, eles dormem às nove da noite, e família pra mim, só a nossa, eu e você.
- Vamos a um sexshop, se você quer algo mais picante.
- Mas eu já tenho um vibrador. Você não tem outra idéia não?
- Não. E é verdade, pra que terceiros se temos nós dois, não é? – Ele se deita e a beija no pescoço.
- Não, quero algo diferente, quero outras coisas, experiências novas.
- Hum. Claro. – Ele a beija, deixando-a excitada.
- Eu quero algo diferente. – Ela o empurra para o lado. – Chega, cansei. – Ela se senta, põe o chinelo.
- Aonde você vai? – Pergunta Roberto, curioso.
- Vou pedir uma pizza. – Esbafora ela em direção a cozinha.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Seguindo e conseguindo!

Há tempos pensei que me conhecia
Olho no espelho e vejo apenas a mim
Simples pessoa
Mãos e pés calejados
Rugas dos poucos vinte anos que se passaram
O que será de mim?
Conseguirei realizar todos os meus sonhos?
Tempos do futuro...
E meu pretérito?
Seria perfeito?
Que situação me encontro se não a de sujeito
O verbo trás a ação
Transação
E eu...
Sigo com a vida
Construida, arquitetada
Planos e mapas
Astral?
Construo com minhas mãos cansadas
Ando com meus pés cansados
Piso com cautela
A estrada da vida
Evoluindo

VIAGEM

Se as pessoas voassem,
Haveria um aeroporto para elas?
Cabe na história da humanidade pessoas voando?
Seria um Humanorto (Aeroporto)?
Risos, viagem
Enlouqueço pensando no futuro
Acabo por esquecer do presente
Barra Funda é meu destino
Mas, e se os carros voassem?
Como eu deceria do ônibus?
SOCORRO!
Paraquedas!
Tenho medo!
Seguro de vida cobre?
Viagem
Opá...
Linha Vermelha
Cheguei...

POESIA POÉTICA!

Se há alguma intensão
Porque não a de amar?
Parece loucura pensar nisso
Pois
De todo o sentimento
que passa pelas artérias do coração
O amor é o mais duro
Nos apedreja
Humilha
Achincalha
Nos faz sonhar
E em seguida nos trás a decepção...
Não é estranho?
Por dizer falso
Um sentimento tão bom
Nos arremata tanto
Assim... Simples assim...
Tanto no céu, que há estrelas
Há o sofrimento no amor...
E as pessoas sentem medo de amar
De ouvir EU TE AMO
Será verdadeiro? Perguntam-se
Só quem amou sabe
As loucuras de ser o amante que é
Amar é loucura
Transe
Epilepsia
Choque
Tremor
Deslizes
Barrancos
Trancos
Raiva, tristeza..
Amor é loucura
Se apegar é loucura
O sentir é loucura
Pensar, agir, ser
Um adjetivo abstrato!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Nova postagem! Nova vida!

Demorei ate me encontrar de novo...

Nao acentuarei esse texto por protesto...

Quando falo, nao digo se e agudo ou cincunflexo, paroxitona ou adjunto adverbial!

Quero liberdade, quero poder me expressar de alguma forma, libertatorial, quero a liberdade
das palavras que saem de minha boca, suja ou nao, e minha...

Os cuses e bucetas alheias saem de minha boca, SUJA?

Mas, sao do corpo humano, do ser humano, de ser humano, de estar humanizando o ser, trivial.

Somos triviais, ate que se diga o contrario, contrariamos tudo... Somos seres contradizentes, somos o lado obscuro do vida, que se segue, sem acentos...

Cada um escreve sua historia, com o destino ou acaso, cada um tem sua caneta, ou lapis, como voce escreve a sua?