quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O QUE A CHUVA TROUXE!

Suzana estava muito ansiosa, pois estava de casamento marcado, no civil, com Isaias pra daqui a mais ou menos cinco meses e ela ficou de fazer uma surpresa pra ele, a de comprar as alianças.
- Eu estou tão nervosa. Vou pegar as alianças hoje. Estou tão emocionada. – Disse ela a uma amiga.
- Calma. Pegar as alianças é apenas o começo. Não vai achando que casamento é tudo não. Porque eu afirmo, casamento não é tudo na vida.
- E você acha que eu não sei? – e continuou sonhando com filhos e em como ficar rica.
No sábado à tarde ele indo pegar as alianças, olhando pela janela do carro, belas nuvens negras prestes a desabar água céu abaixo.
“Ai que droga. Tinha que estar esse tempo justo hoje?”
Chegando na casa de alianças, depois de ter estacionado o carro a 3 km de distancia da loja ela entra molhada com as poucas gotas de chuva que teimavam em cair antes do tempo. E tremendo de frio já que não levara blusa, nem guarda-chuva.
- Eu vim ver as alianças. – disse ela ao vendedor quando chegou.
Ao ver tudo foi pagar com o cartão, com o pouco crédito que tinha.
“MEU BOLSO SOCORRO. MAIS VAI VALER A PENA. ISSO VAI. COM CERTEZA.” Pensava ela, sempre.
- Senhora, não tem mais as caixinhas pra duas alianças, posso colocar uma separada da outra? – perguntou o vendedor.
- Pode. Quanto? – respondeu ela já sabendo da sacanagem e pagou mais três reais.
Quando saiu da loja a chuva estava pra cair e ela tentou correr. Porem começa um corre corre que deixou ela um pouco nervosa. “Será que vou ser roubada?’ e continuou correndo. Pensou em colocar o pacote na bolsa, porém ela era muito pequena e teve que segurar os embrulhos na mão.
“OLHA O RAPA, OLHA O RAPA.” Ouvi-a se esses gritos pra lá e pra cá e foi uma correria e mais chuva começou a cair. E ao passar um vendedor ambulante do seu lado, o ferro da barraca acabou por rascar a sacolinha e ao cair uma caixinha a aliança acaba caindo no chão, a outra ficara na sacola, a salvo.
- Peguem. Socorro. Minha aliança. – e começou a correr quando acabou tropeçando e caindo numa poça de água.
- DROGA. – gritou ela quando se sentou no carro e começou a chorar descompassada. – Que merda. – e começou a bater no volante e batendo na busina.- DROGA, DROGA, DROGA, DROGA...- e levou um susto quando ouviu uma batucada no vidro do carro.
Com os olhos vermelhos ela abre o vidro e se vê diante do homem mais lindo que já vira. Tinha olhos verdes, pele morena e cabelos castanhos. E ele de terno, se cobrindo da chuva com uma pasta, sorri.
- Foi a senhorita que perdeu essa aliança?

Nenhum comentário: