segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O POSTO E A PRAIA.

Diogo havia planejado aquela viagem há muito tempo atrás e não tinha ninguém que tirasse essa idéia dele.
- Se não formos à praia no ultimo fim de semana das minhas férias eu vou voltar revoltado pro trabalho.
Detalhe que ele não conseguiu viajar nas suas férias pois, a casa estava de reforma e só sobrou o ultimo fim de semana.
- Calma amor. Vai dar tudo certo, não se preocupe. – A mulher Isadora quase rindo do desespero do marido o acalma.
- Tomara. E o pior que o Renato estava me enchendo tanto pra ir pra praia.
- Ele deve tá mais animado que você. – Isadora olha pra trás e vê o filho roncando.
- Que engraçado. Só eu aqui tô ansioso? – Diogo ouve um barulho do motor. – O que foi esse barulho?
- Mãe, quero ir no banheiro. – Renato acordara e chamara pela mãe.
- Vamos parar no próximo posto Diogo. Seu filho que fazer xixi.
- Mesmo se eu não quisesse. Eu ainda chego na praia. Pode acreditar.
Eles pararam no posto mais próximo, isso quer dizer, quase 20 minutos depois.
- Mãe ta doendo. – Renato aperta a bexiga.
- Calma filho. Vamos. – Os dois mãe e filho descem do carro e vão em direção ao banheiro. – Já voltamos amor.
- Não demorem, por favor. – ele vai falar com o mecânico, que leva o carro pra oficina do posto.
Espera vai, minutos vão e o mecânico volta pra dar o veredicto.
- Tá com vazamento de óleo.
- Está com o quê? – Diogo perplexo com o que acabara de ouvir.
- Vai ter que levar até uma oficina da capital. Esse carro não pode continuar na estrada.
- Eu não acredito. – nervoso e sem acreditar no que tinha acontecido ele vai até o carro, pega a carteira e tenta em vão encontrar o celular. Tempo perdido.
- Posso usar o telefone, por favo? – Diogo começa a ficar desesperado com a resposta negativa. – Meu Deus, porque hoje? Porque hoje?
Ele começou a ficar inquieto. Cadê Isadora? Foi no posto inteiro procurá-la e nada. Foi na praça de alimentação e nada. Ele passa pela janela e uma nuvem escura passa.
“SÓ FALTA ISSO”
Ao se cansar de procurar ele volta pro carro. Lá estão sua mulher e seu filho com cara de que estão esperando a muito tempo por ele.
- Onde você estava amor? – Isadora está comendo pipoca.
- Fui te procurar a mais ou menos vinte minutos.
- Foi a mais ou menos quando cheguei.
- Me dá o celular, por favor. – Diz ele respirando fundo.
- O meu ou o seu?
- O meu né? – Diogo já não se agüenta de impaciência.
- O meu está aqui. Você não pegou o seu?
- Eu pedi pra você pegar, não foi?
- Eu ouvi que você ia pegar o celular.
- EU NÃO ACREDITO. Além de ficarmos sem carona, nosso carro vai ter que ir pra São Paulo, pois tá com vazamento de óleo. E o único lugar que tem o telefone do seguro é meu celular.
- Não tem na sua carteira? – ela aponta pra carteira que está na mão dele.
- É verdade. – ele se acalma e pensa. – Seu celular tem crédito? – ele animado pergunta.
- Não tem não. Acabei de ligar pra minha mãe e não deu nem pra terminar.
- EU NÃO ACREDITO NISSO...
Uma trovoada acaba com seu raciocínio e uma gota de água cai em sua testa.

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