Mara estava deitada, em um lençol de seda, como se o mundo fosse só ela e Roberto, seu amante. Pegou uma taça de champagne que se encontrava dentro do balde, solicitado pelo tal na entrada do motel. Sentada na banheira, relaxada com os sais de banho com aroma de Amora Selvagem.
- Está gostado? Fiz tudo o que você mais sonhou. - Roberto entra na banheira, logo ficando excitado, e acaricia Mara, deixando-a arrepiada.
- Nossa, assim você consegue tudo o que quiser de mim. - Ela o abraça pelo pescoço e lhe beija ardentemente. Roberto responde o beijo tirando a taça das mãos de Mara.
Mara havia ganho na justiça uma gorda quantia pela separação do ex-marido, Renato. Não eram de brigar, mas Mara estava muito infeliz e já tinha acumulado uma pequena fortuna, já que o ex era rico e ela não era boba. Nem devia, casou sabendo o que queria. Mas é das antigas e pensou que podia se apaixonar, foi quando percebeu o quão grosso e estúpido ele era, aí resolveu pensar apenas no futuro. O DINHEIRO. Havia sacado uma boa quantia no banco aquele dia, e pra Mara, Roberto nem desconfiara. Foi quando na chegada do motel, ela tirou a carteira para pegar o documento para deixar na portaria, ele viu o calhamaço, pelo menos parecia ser, dentro de um envelope bege.
- Te amo muito sabia. - Declamou Roberto na banheira, um tempo depois.
- Eu também, meu amor. Estou muito feliz com o nosso relacionamento. Nunca tive alguem assim. - Mara sorria, ingênua.
- Eu também, sabia? Nunca amei alguem assim. - Ele se levanta. - Fica aí que tenho uma surpresa pra você. - Ele sai da banheira. - Fique aí, já volto meu amor. - Roberto se envolve na toalha e coloca os chinelos. Vai até o carro e no porta-malas pega a surpresa de Mara. Ela para e o vê com seu brinquedinho querido, extasiado. Ele volta.
- O que é isso Roberto? - Mara o olha com curiosidade.
- Precisamos ter uma conversa, sua vadia. - Diz ele com cara de poucos amigos e apontado sua arma para a cabeça dela. - Acho que devemos conversar sobre a minha parte no plano...